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Cabo Verde prevê crescimento do PIB de 4,1% este ano

Praia, Cabo Verde (PANA) – A evolução da riqueza nacional deve ficar, este ano de 2023, nos 4,1 por cento, valor considerado mais próximo do seu potencial de crescimento histórico, depois dos valores recordes de crescimento do Pproduto Interno Bruto (PIB) em 2022 (17,7 por cento), anunciou terça-feira o Banco de Cabo Verde (BCV).

Em comunicado, sobre o mais recente Relatório de Política Monetária, o governador do BCV, Óscar Santos, explicou que o crescimento do PIB estará, este ano, condicionado pela desaceleração do crescimento mundial, pelos níveis ainda elevados da inflação, pelo aperto das condições de financiamento, bem como pela retirada gradual das medidas orçamentais implementadas para minimizar os efeitos dos elevados preços da energia e dos produtos alimentares de primeira necessidade.

Já para 2024, a previsão do BCV é que o PIB tenha um crescimento de 5,3 por cento "à medida que os constrangimentos no abastecimento global se dissipam, os preços da energia se reduzem proporcionando algum alívio de custos, especialmente para indústrias de uso intensivo de energia, rendimentos reais melhoram com a redução da inflação e a procura externa comtinua a se fortalecer", tudo isto condicionado por uma diminuição das tensões no mercado financeiro.

Recordando que em 2022 o crescimento do PIB alcançou níveis históricos (17,7%), o governador do BCV acrescentou que também a inflação "aumentou significativamente alcançando níveis mais elevados dos últimos 20 anos."

De acordo com dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, a inflação situou-se nos 7,9 por cento em 2022, em comparação com 1,9 por cento em 2021", destacou Óscar Santos.

Projetando um futuro próximo, Óscar Santos referiu que, relativamente à inflação, se espera que haja um decréscimo dos 7,9 por cento de 2022 para 4,9 por cento em 2023 e 2,2 por cento em 2024.

Para esta evolução concorrem a esperada redução dos preços dos combustíveis, explicados pelos efeitos de base descendentes e pela expetativa de queda dos preços das matérias primas energéticas nos próximos meses, segundo o responsável.

A resolução gradual dos estrangulamentos da oferta e das pressões sobre os custos de produção e o aperto da política monetária e das condições de financiamento poderão, também, contribuir para a queda dos preços nos próximos dois anos, concluiu.

-0- PANA CS/DD 09maio2023