Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde nega novos focos de peste suína

Praia, Cabo Verde (PANA) - A ministra cabo-verdiana do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, negou o registo de novos focos de peste suína africana (PSA) nas ilhas de Santiago, Fogo e Maio, soube a PANA de fonte oficial.

Eva Ortet garantiu que a portaria governamental, publicada no Boletim Oficial no último dia de fevereiro e que decreta a proibição da circulação e o transporte de suínos, sua carne e derivados, inscreve-se apenas no quadro das “medidas preventivas” da PSA.

“Às vezes, as pessoas interpretam mal a legislação e pode haver esta confusão”, afirmou.

“É uma portaria que foi ratificada tendo em conta a nova legislação”, disse a governante, sublinhando que o embargo da circulação da carne suína de Santiago e do Maio foi decretado desde que apareceu a peste suína nestas ilhas.

Eva Ortet explicou que como são ilhas onde a doença é endémica, havendo sempre a possibilidade de ocorrência de novos surtos, o Governo decidiu tomar esta medida de embargo para evitar a contaminação do país inteiro, com esta peste que é “muito demolidora e quando aparece todo o efetivo pecuário vai abaixo”.

“A circulação e transporte de suínos, suas carnes e derivados podem ser,
excecionalmente, autorizadas pela autoridade veterinária, por decisão fundamentada”, precisa a portaria.

As autoridades das três ilhas, nomeadamente as Câmaras Municipais, devem colaborar no sentido de impedir o transporte para o resto do arquipélago e as Autoridades Veterinárias, perante qualquer eventualidade, terão a incumbência, se necessário, de apreender, abater porcos infetados ou que se suspeite tenham a peste suína africana.

Os primeiros sinais da PSA surgiram em Cabo Verde em 1998, mais concretamente nas ilhas de Santiago e Maio, tendo chegado à ilha do Fogo, em 2011.

No ano passado, o Governo pediu apoio da Agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) no controlo da doença, tendo ela disponibilizado 300 mil euros para um projeto de controlo da PSA.

Contudo, a ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, reconheceu que as recomendações feitas para eliminar a doença "não foram totalmente cumpridas".

-0- PANA CS/TON 07 mar 2014