Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde ganha prémio africano de excelência no combate à malária

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, vai receber a 30 deste mês, na sede da União Africana (UA) em Addis Abeba (Etiópia), o Prémio Excelência 2014 da Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), apurou a PANA segunda-feira de fonte oficial.

ALMA é uma instituição que distingue anualmente os países africanos que se destacam no combate à malária (paludismo).

Um comunicado do Ministério cabo-verdiano das Relações Exteriores (MIREX) indica que Cabo Verde e seis outros países africanos foram distinguidos pela sua "liderança exemplar" na manutenção de uma média anual de 95 porcento na cobertura de pulverização contra o vetor transmissor da malária.

A escolha dos países premiados foi feita por um comité em que estavam representados a Organização Mundial da Saúde (OMS), a iniciativa "Roll Back Malaria", o setor privado, a sociedade civil e académica, com base nos dados da ALMA.

O Governo cabo-verdiano congratula-se com mais este prémio atribuído ao arquipélago como reconhecimento de todo trabalho que consentiu na luta contra o paludismo, e também como "sinónimo de maior responsabilidade do país que agora tem de travar outras batalhas rumo à eliminação do paludismo no território nacional".

Esta é a segunda vez que Cabo Verde é premiado pela ALMA pela sua determinação no combate à malária.

O primeiro prémio outorgado ao país, referente a 2012, foi na categoria de impacto e implementação na redução da mortalidade, no tratamento e combate à doença.

Na categoria em que Cabo Verde foi distinguido nessa altura, também foram entregues os prémios a países como a Namíbia, o Rwanda, São Tomé e Príncipe, a África do Sul, a Swazilândia e a Zâmbia.

Cabo Verde foi nessa altura, mais uma vez, o país africano com menor número de vítimas mortais, tendo sido registadas apenas quatro, todas elas “importadas” da costa ocidental africana, à frente da Swazilândia e do Botswana (ambos com oito), da Eritreia (12) e de São Tomé e Príncipe e Comores (ambos com 19).

Organização composta por 26 nações, a ALMA busca derrotar a doença tida por responsável por mais de 25 porcento das mortes de crianças menores de cinco anos na África, afeta ao menos 50 milhões mulheres grávidas e ocasiona 10% do total da mortalidade materna a cada ano.

-0- PANA CS/IZ 20jan2014