Agência Panafricana de Notícias

Burundi regista fraca prática do planeamento familiar

Bujumbura, Burundi (PANA) – A taxa das mulheres que recorrem aos métodos contracetivos modernos, para limitar os nascimentos ou gravidezes indesejáveis, situou-se em apenas 20 porcento em 2010 a nível nacional.

Esta taxa era de 2,7 porcento em 2000, antes de passar para 11 porcento em 2008, e depois para 14 porcento em 2009, declarou a ministra burundesa da Saúde Pública e Luta contra o VIH/SIDA, Sabine Ntakarutimana, por ocasião do lançamento da Semana Nacional da Saúde Reprodutiva no país.

De acordo com a opinião geral, a prática do Planeamento Familiar (PF) está ainda a um nível muito baixo, enquanto o país está confrontado com uma das densidades mais fortes do continente africano.

Os resultados provisórios do Censo Geral da População e do Habitat de agosto de 2008 indicavam mais de oito milhões de pessoas povoavam uma superfície de pelo menos 29 mil quilómetros quadrados, ou seja uma densidade de cerca de 300 habitantes por quilómetro quadrado.

Esta preocupação consta oficialmente do « Plano Estratégico da Saúde Reprodutiva 2010-2014» do Ministério burundês da Saúde Pública cujas estimativas são de cerca de 20,5 milhões de dólares americanos.

A fraca prática do planeamento familiar, associada à precocidade das relações sexuais e ao fraco nível da educação sexual para pessoas mais jovens, faz com que os «quatro demasiados» (gravidezes demasiado precoces, demasiado seguidas, demasiado numerosas e demasiado tardias) sejam uma realidade no Burundi, pode ainda ler-se neste documento estratégico do Ministério da Saúde.

Entre as estratégias do plano figura o reforço da promoção do preservativo masculino e feminino e a sua disponibilidade em todas as estruturas sanitárias do país.

-0- PANA FB/SSB/IBA/CJB/DD 20jul2011