Agência Panafricana de Notícias

Banco Mundial abre escritório na Guiné

Conakry, Guiné (PANA) - O vice-presidente da Sociedade Financeira Internacional (SFI), filial do Banco Mundial, para África, América Latina e a Europa Oriental, Bernard Scheann, anunciou quinta-feira que a sua estrutura vai abrir brevemente um escritório na capital guineense encarregada da assistência técnica e financeira no setor mineiro.

Bernard Scheann, que falava após uma audiência com o Presidente Alpha Condé, sublinhou que a abertura deste gabinete se justifica pela importância do projeto Simandou (sul) sobre a exploração dum importante jazigo de ferro, que emprega atualmente três mil pessoas.

"Mais de metade dos investimentos estrangeiros está orientada ao projeto Simandou, que é do futuro. Este projeto abrirá possibilidades ao setor agrícola", disse o vice-presidente da SFI, prometendo que a sua instituição iria assistir igualmente as Pequenas e Médias Empresas (PME) e o setor energético.

A SFI, disse Bernard Scheann, vai ajudar a Guiné a reforçar o clima dos investimentos após a sua recente admissão ao quadro da iniciativa dos Países Pobres Altamente Endividados (PPAE).

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) do Banco Mundial concederam em setembro passado à Guiné uma redução da sua dívida equivalente a dois biliões e 100 milhões de dólares americanos.

Este envelope de dois biliões e 100 milhões de dólares americanos representa uma redução de 66 porcento do futuro serviço da dívida externa da Guiné num período de 40 anos.

Por seu turno, o ministro da Economia e Finanças, Kerfalla Yansané, indicou que o seu país estava determinado a fazer beneficiar às populações guineenses as vantagens pós-PPAE pela redução sensível da pobreza que atinge mais de 60 porcento dos seus compatriotas.

As vantagens da iniciativa PPAE, acrescentou, deverão incidir sobre os setores das infraestruturas, da saúde, da água potável, entre outros.

No seu orçamento de 2013, o Governo guineense engajou-se a conceder "montantes consideráveis" a alguns setores prioritários do desenvolvimento socioeconómico. Trata-se do desenvolvimento rural (campanha agrícola, realização de pistas rurais, construção e equipamento de câmaras frigoríficas) numa previsão de 13,1 porcento e os setores das minas, da energia e das águas (cerca de 36,6 porcento), das infraestruturas (22,5 porcento) e social (9,0 porcento).

-0- PANA AC/TBM/SOC/MAR/TON 11jan2013