Agência Panafricana de Notícias

Balanço de vítimas do ciclone Idai sobe para 82 mortos no Zimbabwe

Harare, Zimbabwe (PANA) – O balanço das vítimas do ciclone Idai no Zimbabwe aumentou para 82 mortos e várias centenas de desaparecidos, enquanto o fenómeno climático vai perdendo a sua intensidade.

Em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, na Província de Manicaland, onde o ciclone Idai causou danos consideráveis, de quinta-feira a domingo, o ministro do Governo local, July  Moyo, indicou que o número de vítimas continua a aumentar.

Moyo precisou que o número de mortos era de 64, até domingo de manhã, antes de passar agora para 82, e que as autoridades pretendem sepultá-los o mais cedo possível logo que tenham acesso às zonas onde estão localizados os corpos.

O Governo vai ajudar as famílias das pessoas falecidas em termos de alimentos e de caixões, a título prioritário, declarou.

No domingo à tarde, Joshua Sacco, deputado do leste de Chimanimani, afirmou que 65 mortos foram confirmados e várias centenas de pessoas dadas como desaparecidas.

O ministro Moyo está à frente de uma delegação ministerial que integra os ministros das Forças Armadas e altos responsáveis governamentais para avaliar os danos causados pelo ciclone Idai, em Manicaland.

O  Presidente zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, que encurtou a sua viagem a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, depois de deixar o país sábado de manhã, já regressou ao país.

O regresso de Mnangagwa fez-se após críticas levantadas pelos Zimbabweanos nas redes sociais para denunciar a sua viagem fora do país que "custa muito dinheiro que teria sido orientado orientado para os esforços de socorros aos sinistrados".

O líder do principal partido da oposição, MDC Aliança, Nelson Chamisa, deverá deslocar-se às zonas afetadas da Província de Manicaland.

O ciclone Idai destruiu pontes, casas  e outros bens, e provocou inundações na Província de Manicaland, onde o maior número de pessoas falecidas e dadas como desaparecidas foi registado no distrito de Chimanimani, o mais duramente afetado pelo ciclone.

Os esforços de socorros e de salvamento estão a ser levados a cabo pelo Exército Nacional do Zimbabwe, em parceria  e com o apoio  da organização humanitária norte-americana Mercy Corps, a Cruz Vermelha zimbabweana e o Escritório das Nações Unidas para as Migrações.

O Departamento  para o Desenvolvimento Internacional, uma agência  britânica, veio igualmente apoiar o Exército zimbabweano.

O ciclone Idai entrou no Zimbabwe proveniente de Moçambique, depois de destruir a parte norte deste país da África Austral.

O ciclone Idai é acompanhado de fortes precipitações que provocaram inundações. O distrito de Chimanimani registou 700 a 800 milímetros de chuvas.

Os ventos sopravam a 170 quilómetros por hora.

-0- PANA TZ/MA/NFB/JSG/FK/IZ 18março2019