Agência Panafricana de Notícias

Autoridades da RD Congo chamadas a pôr termo a embargo mediático no país

Kinshasa, RD Congo (PANA) – Diplomatas estrangeiros acreditados em Kinshasa apelam às autoridades governamentais para restabelecerem a conexão Internet e levantarem o embargo mediático e permitirem aos observadores do escrutínio presidencial de 30 de dezembro terem acesso acesso às comissões de contagem dos votos.

A imprensa foi bloqueada em todo o país logo depois de os resultados recolhidos terem começado a favorecer os dois candidatos da oposição à presidência, designadamente Martin Fayulu e Felix Tshisekedi, em detrimento do candidato do partido no poder, Emmanuel Ramazani.

« Nós apoiamos o apelo para a calma lançado pela Conferência Episcopal do Congo (CENCO) e pela Sinergia de Missões de Observação de Eleição Cívica (SYMOCEL) e também lhes pedimos para facilitarem o acesso aos observadores nos centros de contagem dos votos », anunciou nesta terça-feira o comunicado dos chefes de missão e de responsáveis da delegação da União Europeia (UE).

O acesso aos sites Internet da imprensa e às redes sociais foi restrito devido à suspensão segunda-feira pelo Governo da conexão Internet nas plataformas de telefonia móvel.

As missões estrangeiras exortaram o Governo da RD Congo a não bloquear os meios de comunicação, em particular o acesso à Internet e à imprensa.

Os dois principais candidatos à Presidência, Martin Fayulu, antigo diretor da empresa petrolífera e deputado na Assembleia Nacional (Parlamento) e Felix Tshisekedi, qualificaram este escrutínio presidencial de «nova era na política congolesa».

Os dois líderes da oposição declararam que o resto do país já não vai obedecer à decisão da autoridade administrativa e prestaram uma homenagem merecida aos milhões de eleitores que se apresentaram domingo último para votarem.

-0- PANA AO/MA/ASA/JSG/FK/DD 1jan2019