Agência Panafricana de Notícias

Argélia disponibiliza-se para acolher diálogo inter-líbio

Argel, Argélia (PANA) – A Argélia propôs-se a acolher um diálogo entre beligerantes líbios, afirmou segunda-feira o Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, citado pela Agência de Notícias da Argélia (APS).

Intervindo na conferência de Berlin, domingo último, sobre a Líbia, o chefe do Estado argelino reiterou igualmente o seu apelo à comunidade internacional para "assumir a sua responsabilidade em matéria de respeito pela paz e pela segurança”, na Líbia.

Afirmou que “a Argélia se recusa a qualquer atentado" à integridade nacional e à soberania das instituições líbias.

"Somos chamados a elaborar um roteiro de paz com contornos claros, e que seja constrangedor para as partes em conflito, a fim de estabilizarmos a trégua, bloquearmos o abastecimento de armas  para afastarmos o espetro da guerra de toda a região”, indicou Tebboune.

Apelou à assembleia para “encorajar as partes líbias a sentarem-se em torno duma mesa para resolverem a crise pelo diálogo e por  vias pacíficas, e evitarem deslizar para uma incógnita.”

Sublinhou que a região necessita duma estabilidade baseada na segurança comum.

Frisou que “a segurança da Líbia é o prolongamento da nossa própria segurança. A melhor forma de preservarmos a nossa segurança regional continua ser a cooperação e a entreajuda com os nossos vizinhos para fazermos face ao terrorismo e ao extremismo.”

Salientou a neutralidade da Argélia em relação aos diferentes beligerantes líbios, lembrando os esforços contínuos do seu país para incitar as partes líbias a aderirem ao processo de diálogo, patrocinado pelas Nações Unidas e acompanhado pela União Africana, para formarem um Governo de Entendimento Nacional, capaz de gerir a transição e a reedificação das instituições do Estado líbio para enfrentar desafios que se colocam ao povo líbio.

Deplorou a violação do embargo sobre as armas, o que, segundo ele, complicou cada vez mais a crise.

Também criticou o envio de combatentes estrangeiros à Líbia e a presença de grupos terroristas extremistas cujas atividades aumentaram nos últimos tempos, ameaçando a paz local, regional e internacional.

-0- PANA AT/IN/IS/MAR/DD 20jan2020