Agência Panafricana de Notícias

Angola passa testemunho ao Congo na presidência do CIRGL

Brazzaville, Cobgo (PANA) - Angola vai passar ao Congo esta quinta-feira a presidência rotativa da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), após dois mandatos consecutivos, iniciados em janeiro de 2014, com o ex-Presidente José Eduardo dos Santos.

Para o efeito, o novo chefe de Estado angolano, João Lourenço, está desde quarta-feira na capital congolesa, onde vai participar na VII cimeira ordinária dos chefes de Estado e de Governo da CIRGL que se realiza em Brazzaville.

João Lourenço, investido na função de Presidente da República a 26 de setembro, e a estrear-se numa cimeira regional nessa condição, deverá discursar na abertura da reunião.

De acordo com o ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, a comunicação do Estadista angolano será em jeito de balanço dos dois mandatos à frente da organização.

A VII cimeira da CIRGL vai decorrer sob o lema “Acelerar a implementação do pacto para garantir a estabilidade e o desenvolvimento da região dos Grandes Lagos”.

No final da reunião deverá ser adoptada a “Declaração de Brazzaville”, que deverá conter recomendações para a estabilidade política e o desenvolvimento da região.

Integram a CIRGL Angola, Burundi, Congo, República Centroafricana, República Democrática do Congo (RDC), Quénia, Uganda, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

Pouco antes de viajar para Brazzaville, o Presidente João Lourenço lembrou que os esforços de Angola na pacificação da Região dos Grandes Lagos "são internacionalmente reconhecidos".

"Não posso deixar de louvar o trabalho realizado pelo Executivo anterior e pelo Governo Provincial da Lunda-Norte no apoio aos refugiados oriundos da RDC, que confirmaram o conhecido sentimento de solidariedade do povo angolano", disse.

Contudo, declarou-se preocupado com a situação de instabilidade ainda vivida na vizinha RDC, fazendo votos de que o povo e os políticos congoleses "saibam encontrar a melhor saída pela via do diálogo, que garanta a paz e estabilidade do país e, consequentemente, contribua para o desenvolvimento económico e social desta grande nação africana".

-0- PANA IZ 18out2017