Agência Panafricana de Notícias

Angola negoceia levantamento da interdição da TAAG na Europa

Bruxelas- Bélgica (PANA) -- O ministro angolano dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, é esperado esta sexta-feira em Bruxelas em visita de trabalho para tentar obter a anulação da proibição de voos para a Europa imposta à companhia aérea angolana, TAAG.
Para o efeito, Augusto Tomás será recebido pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, entre outros contactos, segundo fonte diplomática angolana na capital belga.
Em Julho passado, a União Europeia (UE) levantou parcialmente aquela interdição, autorizando três aviões da TAAG de tipo Boeing 777 a aterrar em Lisboa, única capital europeia que os aviões angolanos podem visitar por enquanto, assegurando 10 ligações por semana.
Na altura, a União Europeia felicitou os responsáveis da aviação civil angolana pelos progressos feitos na área da segurança aérea, na sequência dum acordo de assistência técnica assinado com Portugal.
O Governo angolano considera que os aviões da TAAG podem aterrar em outras principais cidades europeias, nomeadamente em Paris (França), Bruxelas (Bélgica), Franfurt (Alemanha) e Londres (Reino Unido).
Por ocasião do Campeonato de África das Nações de futebol (CAN 2010) que será organizado em Angola em Janeiro próximo, este país espera milhares de visitantes provenientes nomeadamente da Europa, pelo que a aterragem da TAAG em diversas capitais europeias poderá facilitar o transporte dos fanáticos europeus do futebol.
Novos estádios foram construídos, bem como outras infraestruturas, como hotéis, para poder acolher os fanáticos da bola redonda, para além de que Angola conhece actualmente um verdadeiro "boom" económico na sequência do aumento dos seus rendimentos petrolíferos, o que atrai empresários do mundo inteiro para investir neste país.
Por outro lado, a Angola vai albergar, no final de Novembro corrente, a sessão da Assembleia Parlamentar paritária ACP-UE, o que vai levar à deslocação de Bruxelas para Luanda de dezenas de eurodeputados, funcionários europeus e do grupo ACP (África, Caraíbas e Pacífico) bem como de diplomatas africanos baseados na capital belga.