Agência Panafricana de Notícias

Angola comprometida com pacificação de Grandes Lagos, diz seu chefe de diplomacia

Luanda, Angola (PANA) - Angola está cada vez mais comprometida com os processos de pacificação na República Democrática do Congo, no Burundi, na República Centroaafricana e no Sudão do Sul, declarou segunda-feira em Luanda o ministro angolano das Relações Exteriores, George Chikoti.

Angola enquanto, presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), continua imparável na resolução dos conflitos na zona, em particular, e no continente africano, em geral, promovendo a credibilidade, o desenvolvimento político e institucional, a segurança interna e transfronteiriça, a boa governação e os direitos humanos, disse ida diplomacia angolana.

George Chicoti fez estes pronunciamentos quando discursava na abertura duma reunião ministerial preparatória do 7º encontro de alto nível do mecanismo regional de supervisão do acordo quadro para a paz, segurança e cooperação na República Democrática do Congo(RDC) e na região.

Este encontro ministerial tem como objectivo preparar um outro dos chefes de Estado e de Governo da CIRGL, marcado para quarta-feira em Angola, que acolhe o evento pela primeira vez na qualidade de signatários do acordo-quadro de paz, segurança e cooperação na RDC, rubricado a 24 de fevereiro de 2013.

Enquanto mecanismo mais adequado para a solução pacífica dos conflitos, este acordo-quadro visa abordar as causas profundas dos conflitos no leste da RDC e enuncia uma série de compromissos para este país, os da região e da comunidade internacional, de acordo com Georges Chikoti.

Para o diplomata angolano, "há um tempo, se tem constatado progressos contínuos na implementação dos compromissos nacionais, regionais e internacionais, não obstante persistirem alguns desafios".

Perante este quadro, Georges Chikoti destacou que a realização bem-sucedida da primeira conferência sobre investimentos privados na Região dos Grandes Lagos, em fevereiro último em Kinshasa, a capital congolesa, traduziu-se, sem dúvida, no reforço das relações bilaterais entre os países desta zona e contribuiu para a melhoria das relações regionais.

O governante reconheceu os esforços em curso para se conter a crescente ameaça das Forças Democráticas Aliadas (ADF) e outras forças negativas no leste da RDC, em conformidade com a decisão da 6ª Cimeira Ordinária da CIRGL realizada em junho deste ano, em Luanda.

Fazem parte da CIRGL Angola, o Burundi, o Congo, a República Centroafricana, a República Democrática do Congo (RDC), o Quénia, o Rwanda, o Sudão, o Sudão do Sul, a Tanzânia e o Uganda.

Depois de ter exercido o primeiro mandato, de 2014 a 215, à frente desta instituição criada em 1994, Angola viu-se reconduzida nas mesmas funções devido a conflitos recorrentes que ceifaram a vida de milhares de pessoas na região.

Sob a orientação do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, Luanda albergou, a 14 junho de 2016, a 6ª cimeira dos chefes de Estado e de Governo da CIRGL, destacando-se entre os presentes os seus homólogos Joseph Kabila (RDC), Denis Sassou Nguesso (Congo), Yoweri Museveni (Uganda) e Jacob Zuma (África do Sul), este último na qualidade de observador.

-0- PANA DD/DD 25out2016