Agência Panafricana de Notícias

Angola apela ao respeito constante da Carta das Nações Unidas

Luanda, Angola (PANA) - O Presidente de Angola, Jão Lourenço, defendeu,  em Nova Iorque (Estados Unidos da América) o respeito e a observância estabelecidos na Carta das Nações Unidas e no Direito Internacional, para que se possa corrigir a "perigosa trajetória” que o mundo tomou após a queda do Muro de Berlim (1989).

O estadista angolano lançou este apelo quando discursava na 78.ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas,  decorrida, de 17 a 22 de setembro corrente, em Nova Iorque (Estados Unidos) sob o lema "Reconstruir a Confiança e Relançar a Solidariedade Mundial: Acelerar a Acão no Âmbito da Agenda 2030 e dos seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Rumo à Paz, à Prosperidade, ao Progresso e à Sustentabilidade para todos.”

Destacou nessa ocasião a abordagem dos problemas contemporâneos das relações internacionais, a importância de se avaliar com objetividade a natureza e a origem dos conflitos e as perspetivas da sua solução, sempre no respeito pelas normas universais que regem as relações entre os Estados.

Na senda das preocupações e dos problemas que o mundo enfrenta e que se agravaram com o eclodir do conflito entre a Rússia e a Ucrânia (desde fevereiro de 2022), o Presidente angolano reconheceu os "grandes esforços” feitos para a criação de um mundo mais pacífico.

Porém, reconheceu também que, passados quase 78 anos desde a fundação da organização mundial, não foi possível construir uma base sólida de confiança entre as nações, de modo a evitar-se o surgimento de focos de tensão, que degeneram em conflitos abertos em África, na Ásia, na América Latina, no Médio Oriente e, agora, na Europa, onde seria pouco expetável que ressurgisse uma guerra de tão grandes proporções, como a que ocorre neste momento.

"A gestão dos interesses a nível global em matéria de segurança, da ciência e tecnologia, bem como dos recursos em termos gerais, de que destaco as matérias-primas estratégicas e as fontes geradoras de energia, não satisfaz ainda os interesses nem as espetativas das diferentes nações e povos do nosso planeta”, afirmou.

-0- PANA JA/DD 25setembro2023