Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde com investimentos superior a 833 ME durante pandemia

Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde fechou, desde o início da pandemia da covid-19, contratos para a construção de empreendimentos nas aéreas da hotelaria e do turismo, apurou a PANA de fonte oficial.

Dum valor global superior a 833 milhões de euros, estes empreendimentos vão gerar mais de seis mil empregos no país, apurou a PANA, segundo a mesma fonte.

De acordo com dados oficiais, entre os investimentos acordados entre o Governo e o setor privado figuram dois megaempreendimentos, dois hotéis de cinco estrelas da cadeia Marriot e 21 investimentos com estatuto de utilidade turística.

De entre estas realizações, algumas são novas, outras já estavam em curso antes da pandemia e tiveramesta continuidade, disse.

As mesmas representam um investimento privado global, de promotores cabo-verdianos e estrangeiros, de dois mil 365 milhões de escudos (21,3 milhões de euros).

Além disso, envolvem uma estimativa de criação total de 303 empregos e 291 novos quartos, distribuídos pelas ilhas do Sal, Santiago, São Vicente e Boa Vista.

Acrescenta-se um investimento privado de 61,9 milhões de euros que prevê a instalação de hotéis de cinco estrelas das cadeias Sheraton e Le Meredien na ilha cabo-verdiana de São Vicente, num total de 300 quartos, e a criação de 500 postos de trabalho.

Trata-se dum investimento lançado neste mês pela sociedade de direito cabo-verdiano Maseyka Holdings Investments, no projeto turístico "Four Points by Sheraton e Le Meridien", conforme a minuta de convenção de estabelecimento aprovada pelo Governo cabo-verdiano, a estabelecido entre o grupo privado e o Estado, desde 16 de fevereiro corrente.

De acordo com o texto deste acordo, o projeto de investimento terá duas fases, a primeira das quais já em curso, com a construção, na zona da Laginha, no Mindelo, de um hotel de cinco estrelas designado "Four points by Sheraton", com 128 quartos e cuja abertura está  prevista para julho de 2022.

A segunda fase prevê a construção pelo mesmo grupo, também em São Vicente, do Hotel Le Meredien, de cinco estrelas "de luxo", ou de "qualquer marca equivalente dentro do grupo Marriot", com 172 quartos e cuja abertura está  prevista para janeiro de 2025.

Em dezembro último, o Governo cabo-verdiano aprovou duas convenções com promotores privados para dois dos maiores investimentos no setor do turismo em Cabo Verde.

O primeiro prevê um investimento de 250 milhões de euros para construir, na praia da Gamboa, na cidade da Praia, seis hotéis com mais de mil quartos e uma marina para 150 embarcações, gerando mil empregos.

Trata-se do projeto 'Gamboa Plaza Shopping & Hotels', o qual, segundo uma resolução governamental de 28 de dezembro último, foi alvo de uma convenção para o seu estabelecimento, entre o Estado e promotores privados, válida por 15 anos, prevendo o início das atividades a 12 meses e a instalação do megaempreendimento turístico numa área de 13 mil 987 metros quadrados, junto ao mar.

Por último, ainda em dezembro ultimo, o Governo assinou uma outra convenção com um investidor privado, neste caso para construir, na ilha do Maio, o maior empreendimento turístico do país, gerando quatro mil empregos.

Trata-se do "Little África Maio", que vai ser construído nos próximos três anos pelo grupo Internacional Holding Cabo Verde (IHCV), num investimento de 500 milhões de euros.

Mais recentemente, o Governo cabo-verdiano atribuiu o estatuto de utilidade turística à construção de um aparthotel por 1,1 milhão  de euros, que envolve a construção e exploração, na cidade da Praia, de cinco pisos térreos formados por 11 apartamentos com 19 quartos, um restaurante para 40 pessoas, uma sala de conferências, piscina e outros espaços da gama média alta, criando 12 postos de trabalho diretos.

"Trata-se dum projeto que pretende apostar na prestação de um serviço de qualidade, tendo como premissa fundamental a satisfação dos seus clientes, numa atmosfera única de hospitalidade, de conforto e segurança, a realização de atividades de animação cultural, nomeadamente noites cabo-verdianas, e um projeto que se preocupa com os aspetos de sustentabilidade ambiental e cultural, proporcionado equilíbrio entre o negócio e a sociedade", lê-se no despacho que lhe atribui o estatuto de utilidade publica.

O turismo representa cerca de 25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, mas o setor está praticamente parado desde final de março último, devido a restrições às viagens, impostas para se conter a transmissão da covid-19, após um recorde histórico de 819 mil turistas em 2019.

-0– PANA CS/DD 24fev2021